Painel em que Danielle Garcia, psicóloga da UFRN, participou no Brad-ATTAIN 2025. Foto: Reprodução Brad-ATTAIN 2025

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) participou do evento internacional Brad-ATTAIN 2025 Learning Circle (Part II): Tackling EDI Resistance in Higher Education, realizado para discutir inclusão e igualdade no ensino superior. O encontro, que aconteceu em 20 de junho, contou com uma apresentação das psicólogas Danielle Garcia e Giuliana Ávila, da Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA/UFRN), no painel In the Trenches: How EDI Champions are Manoeuvring in Higher Education Globally.

Com o tema central Enfrentando a resistência à EDI no Ensino Superior, as discussões deste ano voltaram-se à promoção e à defesa dos princípios de equidade, diversidade e inclusão (EDI) no ensino superior. Por ter uma atuação relacionada à implementação desses três pilares no ambiente acadêmico, a Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA) representou a UFRN no Brad-ATTAIN 2025. O convite para participar da atividade aconteceu por meio da World Technology Universities Network (WTUN), rede global de universidades.

Danielle Garcia e Giuliana Ávila são formadas em psicologia pela UFRN. Danielle é mestra e doutora pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia (PPgPsi/UFRN), enquanto Giuliana Ávila é mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEsp/UFRN) e, atualmente, é doutoranda no PPgPsi.

Esta foi a primeira vez que as psicólogas representaram a Universidade em um evento, mas a parceria existe há mais tempo. Juntas, estiveram à frente de processos formativos pela Secretaria de Inclusão e Acessibilidade para outras Instituições de Ensino Superior (IES), como a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e o Instituto Santos Dumont (ISD). A união de Danielle e Giuliana vai além da Secretaria, ambas compartilham “o compromisso em construir uma UFRN mais acessível e inclusiva”, ressalta Giuliana.

Giuliana Ávila e Danielle Garcia em um processo formativo na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em agosto de 2023. Foto: Arquivo pessoal Giuliana.

Foi com base nessa responsabilidade que a apresentação no painel In the Trenches: How EDI Champions are Manoeuvring in Higher Education Globally foi realizada. Além da contextualização da realidade social do Brasil e das mudanças no ensino superior que estão acontecendo nos últimos anos, as profissionais destacaram a implementação de políticas de ações afirmativas, como o sistema de cotas.

A Lei de Cotas, nº 12.711/2012, aprovada em 2012, visa assegurar o ingresso de grupos historicamente excluídos e socialmente marginalizados em universidades e instituições federais. Recentemente, em 2023, foi sancionada uma ampliação da lei, tornando permanente a reserva de vagas para os grupos prioritários. Mesmo com as mudanças recentes, garantir a permanência e aumentar a diversidade dos discentes no ambiente acadêmico continua sendo um grande desafio para as Instituições de Ensino Superior (IES).

Para Giuliana, “apesar dos avanços, também apresentamos os desafios persistentes, como as altas taxas de discriminação racial, exclusão e capacitismo relatadas por estudantes pretos, pardos, indígenas e com deficiência, em contexto nacional”. A psicóloga ainda destaca que este não é um cenário único para as universidades, mas a implementação das pautas de EDI nos compromissos das instituições é um passo importante para demais avanços.

A psicóloga acredita que ainda há um longo caminho para que outras mudanças possam integrar a realidade dos estudantes de ensino superior no Brasil. Segundo ela, a participação da Secretaria de Inclusão e Acessibilidade no evento é a reafirmação de seu compromisso com sua principal missão: construir uma cultura inclusiva na UFRN.

Giuliana Ávila também enfatiza a importância destas conversas para a troca de experiências com outros países e instituições, ressaltando que o sentimento com a participação é de “orgulho em poder mostrar o trabalho da SIA, da UFRN e do Brasil para uma audiência internacional”.

Fonte: Agecom/UFRN. Texto: Mavi Mendes; Edição: Juliana Holanda; Revisão: Rebeca Ribeiro.

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